A norma 2112 da NFPA (associação nacional de proteção contra fogo) fornece os requisitos mínimos para projeto, construção, avaliação e certificação de roupas resistentes a chamas para uso de equipes industriais. Ela não tenta fornecer nenhuma orientação sobre como corresponder o EPI ao perigo quantificado; para isso, a NFPA 2113 foi criada.

Incêndios de curta duração são raras exceções. Abra o jornal, ligue a TV ou visite um site, como o U.S. Chemical Safety Board (conselho de segurança química dos EUA) para ver em primeira mão evidências da grande extensão dos incêndios quando eles ocorrem em locais industriais de manufatura, de produtos químicos e de petróleo. Três segundos é uma especificação de desempenho que só é usada para qualificar uma roupa como FR (resistente a chamas). Isso não tem nada a ver com estabelecer o nível correto de EPI que os funcionários precisam em seu ambiente específico de perigo de incêndio.

Para que uma roupa passe no teste da NFPA 2112, ela deve exibir 50% ou menos da queima corporal total prevista usando-se um modelo padronizado de lesão por queimadura.

Se não, então você precisará olhar além da conformidade com a NFPA 2112 e avaliar os sistemas de roupas com relação aos níveis de desempenho reais, e não simplesmente um critério de aprovação/reprovação baseado no modelo previsto de 50% de lesão por queimadura na pele.

Não há atalhos – faça seu dever de casa, gere dados e trabalhe juntamente com fornecedores para entender que tipos ou sistemas de roupas fornecerá os níveis de proteção necessários.

Sob a NFPA 2113, uma avaliação de perigo deve ser realizada a fim de fornecer um nível de energia quantificado para as várias tarefas que os trabalhadores desempenham. Para realizar uma avaliação adequada sobre perigos, você precisa responder às seguintes perguntas críticas:

• Que materiais estão queimando? Qual é sua fonte de combustível?
• Quanto de ar está disponível para, junto com o combustível, sustentar a combustão?
• Quanto tempo demora para uma pessoa identificar que está em apuros e fazer algo sobre isso?
• Os trabalhadores estão usando equipamentos que os deixarão mais lentos?

Conhecer a duração de um incêndio normalmente é importante para entender os potenciais danos à infraestrutura e os fatores de escalada de incêndio, como já ocorreu em grandes incidentes industriais. Entretanto, ao selecionar o EPI, a duração de uma exposição térmica que uma pessoa pode experimentar durante a fuga é o fator importante. Isso é normalmente determinado por meio de uma análise de perigo do local e da tarefa. Diversas ferramentas podem ajudar neste processo. O CCPS (Center for Chemical Process Safety, Centro para segurança de processos químicos) do American Institute of Chemical Engineers (Instituto americano de engenheiros químicos) e a norma NFPA 2113 foram reconhecidos pela OSHA como guias para auxiliar neste processo e na seleção de EPI adequado de proteção térmica.

Não. Há muitos outros riscos de incêndio em indústrias de processo que manuseiam materiais inflamáveis. Esses perigos de incêndio ocorrem devido a falhas não planejadas do equipamento que liberam gases de processo, líquidos e sólidos de derramamentos ou rompimentos de linhas pressurizadas com subsequente ignição. Muitos desses incêndios começam quando um fogo repentino ou um fogo de nuvem de vapor queima a fonte de liberação. Os perigos de incêndio industrial são geralmente classificados como:

Fogo de nuvem de vapor:
a) sem explosão,
b) resultante de explosão e
c) que resulta em explosão

Bolas de fogo (liberação instantânea e ignição de gás liquefeito acima do ponto de ebulição), jato de chamas (fogo direcionado de materiais inflamáveis escapando sob pressão), fogo de líquidos inflamáveis, formando um ou ambos:
a) fogo acima da superfície e
b) fogo de líquido corrente

Fogo de combustível sólido na forma de:
a) fogo de poeira combustível ou
b) fogo de materiais sólidos (ex.: metais pirofóricos), fogo estrutural (ex.: fogo em armazéns, escritórios e edifícios de apoio) e fogo associado a oxigênio